Rogério Machado
“As crianças são propensas a acreditar na criação divina. Já a ideia de evolução não é natural para elas”. Essa é afirmação do psicólogo Justin Barrett, da Universidade de Oxford. Barrett explica que nascemos crendo e só depois de muito tempo nos tornamos céticos. É como se a criança nascesse com um cérebro crédulo, e só conseguisse transformá-lo em cético depois de muito tempo. Mas, não é só isso. Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (NHI) dos EUA, o cérebro humano nasce programado para acreditar em algum tipo de deus. Assim, a fé seria uma tendência biológica.
Ainda segundo a pesquisa, quando surgiram as primeiras sociedades complexas e maiores adensamentos populacionais, quem era mais “crente” – e mais sociável – tinha mais chances de sobreviver. Acreditar no sobrenatural “está nos nossos genes”. Isso explica por que hoje, mesmo com todos os avanços da ciência, a crença no sobrenatural/divindade ainda é tão forte. Isso acontece porque o ser humano continua com necessidades espirituais e anseia por Deus. Acreditar em Deus está no nosso DNA.
O escritor russo Dostoievski dizia que: “O homem possui dentro de si, um vazio do tamanho de Deus.” Já Agostinho de Hipona (Sto. Agostinho) dizia que a busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria.
Na Bíblia, no Salmo 42 o salmista escreve: “Assim como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus" placeholder="Playlist Name" value="">